Chapolin Colorado Lane (no original Chapulín Colorado), geralmente retratado como Chapolin Colorado, também conhecido como Polegar Vermelho e Vermelhinho (especialmente nas dublagens mais antigas), é um personagem criado e interpretado por Roberto Bolaños, também conhecido como Chespirito.
Cidadão: Oh… e agora? Quem poderá me defender? Quem?
Chapolin: *Aparece* Eu!
Cidadão: O Chapolin Colorado!
Chapolin: Não contavam com minha astúcia! Sigam-me os bons.*tropeça* Uahwow—
Cidadão: Cuidado, Chapolin!—, Chapolin sendo chamado
"Todos os meus movimentos são friamente calculados."—, Chapolin falando sobre sua suposta cautela
"Silêncio! Silêncio! Minhas anteninhas estão detectando a presença do inimigo."—, Quando suas Anteninhas de Vinil detectam alguma presença
"Palma, palma! Não criemos cânico."—, Chapolin cômicamente tentando diminuir a tensão
"Se aproveitam de minha nobreza."—, Chapolin quando é pressionado à agir
Ele é um herói desajeitado e humorístico, porém de bom caráter, que surge sempre nas proximidades de indivíduos que proferem a frase "E agora, quem poderá me defender/salvar?", respondendo prontamente com "Eu!". Descrito na introdução do programa como sendo "Mais ágil que uma tartaruga, mais forte que um rato, mais nobre que uma alface, e seu brasão é um coração", sua fama é amplamente reconhecida em todo o sistema solar, sendo invocado para solucionar uma variedade de problemas, que vão desde o enfrentamento de monstros, a prisão de criminosos, a vitória em batalhas de karatê, o desarme de explosivos ou simplesmente a recuperação de chaves que caem em pias.
O super-herói foi astro do programa "El Chapulín Colorado", (Chapolin) de 1970 até 1979. Com o fim da série, o personagem ganhou um quadro em Chespirito, de 1980 a 1992, com seu último episódio "Mulher Tirana, Marido Banana".
Criação[]
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De acordo com Bolaños, Chapolin foi concebido como uma forma de protesto contra os super-heróis norte-americanos padronizados e também para representar a força oculta da América Latina. O termo "Chapulín" refere-se a um tipo de gafanhoto comestível, altamente apreciado no México. Os chapulíns (palavra de origem nahuatl, o idioma asteca) são insetos comuns no país, usados inclusive na alimentação e dão nome a alguns lugares, como a colina Chapultepec (Colina do Gafanhoto), na região central da Cidade do México. Como Bolaños queria que seu herói fosse estritamente nacional, escolheu o inseto mais famoso do México para caracterizá-lo.
Origem do Nome[]
Chapolin explica a origem de seu nome
O padrinho de Bolaños tinha uma paixão por estudar e colecionar insetos. Em determinado momento, ele escreveu os nomes de quatro desses insetos em pedaços de papel e os colocou dentro de um chapéu, pedindo que alguém realizasse um sorteio. O nome "Chapulín" (Gafanhoto) foi o escolhido. Os outros insetos eram Libélula, Escarabajo (Escaravelho) e Gorgojo (Caruncho). Assim, o nome "Chapulín Colorado" pode ser traduzido literalmente para o português como "Gafanhoto Vermelho", sendo seu nome completo "Chapulín Colorado Lane". No episódio "Chapolin Em La Horca" (1989), é possível observar a origem do nome "Colorado". Esse nome tem suas raízes no pai do Chapolin, chamado Pantaleón Colorado y Roto, cujo significado, "Pequena Calça Vermelha", representa uma referência humorística ao Superman. Já o sobrenome "Lane" provém de sua mãe, Luisa Lane, uma adaptação cômica do nome Lois Lane, personagem do universo do Superman.
Biografia[]
Chapolin em "Romeu e Julieta- Parte 2"
Chapolin é um herói amplamente reconhecido em todo o mundo. Em cada episódio, as pessoas o identificam imediatamente, independentemente de sua localização, inclusive em planetas distantes, como Vênus, acreditando ser ele um grande super-herói. Esse reconhecimento o leva a se gabar, apenas para, em seguida, tropeçar e cair, revelando-se frágil e desajeitado, o que frequentemente desaponta seus admiradores. Apesar disso, Chapolin se empenha ao máximo para ajudar, e todas as suas aventuras, mesmo as mais desafiadoras, têm um desfecho positivo. Em certos momentos, ele afirma que poderia derrotar os vilões desde o início, mencionando, por exemplo, sua capacidade de derrotar Alma Negra, o que eventualmente comprova.
Chapolin em "Uma múmia incomoda muita gente, duas nem se falam"
Ainda sim, ele é um ser cuja localização geográfica e temporal é indeterminada: suas aventuras podem ocorrer no Velho Oeste americano, na antiga China, em Londres, nos Alpes Suíços, durante a Inquisição Espanhola, a bordo de navios piratas, na Alemanha nazista ou até mesmo no espaço sideral. Seus inimigos variam desde criaturas míticas como o Yeti até múmias egípcias, além de interações ocasionais com personagens literários, como Romeu e Julieta ("Juleo y Rumieta"). No geral, Chapolin pode surgir a qualquer momento e em qualquer lugar, sempre que alguém o invocar com o famoso grito: "E agora, quem poderá me defender/salvar?". Chapolin aparenta ter entre 20 e 30 anos fisicamente, embora sua idade cronológica seja de aproximadamente 70 a 86-87 anos. Como observado no episódio "De acordo com o Diabo", o Professor Inventivo tem uma faixa etária semelhante à de Chapolin, e, canonisticamente, em um post do twitter da franquia Chapolin, incentivo já completou 70 anos, o que implica que Chapolin também tenha essa mesma idade. No entanto, Chapolin não apresenta sinais de envelhecimento e, desde sua primeira aparição, mantém uma aparência jovem.
Aparência[]
Chapolin é geralmente representado com características marcantes: cabelos pretos, pele clara e um traje vermelho justo. O traje inclui um capuz vermelho que cobre a cabeça, deixando apenas o rosto e uma pequena parte do cabelo frontal à mostra. No capuz, há duas antenas vermelhas com pontas amarelas: As anteninhas de vinil. No centro do peito, exibe um coração amarelo com as iniciais "CH" destacadas em vermelho. Além disso, usa shorts amarelos, sapatos brancos (Que posteriormente se tornaram sapatos amarelos com cadarços vermelhos) e possui duas pequenas "asas" vermelhas, localizadas na parte inferior das costas e na região dos ombros.
Talvez como uma paródia ao S do Superman americano, Bolaños havia acrescentado ao uniforme a inicial do personagem, a letra “che”. Em espanhol e em vários idiomas nativo-americanos, CH é considerado uma única letra. A letra “che”, diga-se de passagem, é a inicial de diversos personagens criados por Bolaños (Chabo, Chapatin, Chanfle, Charrito, Chompiras, Chaparron etc), a mesma inicial de seu apelido, Chesperito, o pequeno Shakespeare.
Desenvolvimento do uniforme[]
Para o desenvolvimento da roupa, Chespirito inicialmente considerou quatro cores: preto, branco, azul e vermelho. O preto foi descartado por simbolizar a morte, e o branco foi rejeitado devido às suas associações com algumas religiões. Restaram o azul e o vermelho, sendo que o azul foi eliminado devido ao impacto negativo sobre o efeito chroma key, especialmente em cenas como as em que Chapolin aparecia voando em uma nave de papel pelo Espaço Sideral. Assim, o vermelho foi adotado como cor principal do uniforme, e o nome "Chapulín" foi complementado com o adjetivo "Colorado", em referência à cor escolhida.
Inicialmente, Chespirito planejava que o personagem usasse um traje verde e fosse denominado "Chapolin Justiceiro". No entanto, a emissora onde trabalhava, a TV TIM (que mais tarde se tornaria a atual Televisa), dispunha apenas de quatro tipos de tecidos: preto, branco, azul e vermelho. O preto foi descartado por ser excessivamente fúnebre, além de já ser utilizado por outro super-herói, o Batman. O branco foi considerado inadequado devido ao impacto na iluminação do estúdio e suas associações com diferentes religiões, além de não ser uma cor de grande destaque. O azul, por sua vez, foi rejeitado, pois causaria problemas em cenas com chroma key, ao se fundir com o fundo de mesma cor. Assim, o vermelho foi a única opção restante. O primeiro uniforme de Chapolin foi confeccionado por Graciela Fernández, primeira esposa de Chespirito.
Personalidade[]
Chapolin representa a antítese dos super-heróis tradicionais: é frequentemente medroso, covarde e se vê envolto em situações de confusão. Sua personalidade é marcada pelo cinismo, humor, desajeitamento, tiradas e, por vezes, uma ingenuidade notável. No entanto, o mulherengo Chapolin mantém uma postura inabalável, esforçando-se para ocultar seus medos em diversas circunstâncias e aparentar coragem e invulnerabilidade diante dos outros, mesmo quando, ocasionalmente, é intimidado por antagonistas. Surpreendentemente, ele consegue resolver os problemas para os quais é chamado, seja por meio de inteligência, força, astúcia ou por meio de situações desastradas e pura sorte. Embora seja frequentemente associado à covardia e ao humor, Chapolin também demonstra um significativo senso de heroísmo e responsabilidade social, como evidenciado por suas ações, incluindo a repreensão de dois mendigos por não trabalharem e a assistência na recuperação de Tripa-Seca e Quase-Nada, apesar de seus passados criminosos e tendências sociopatas.
Já nos dizia o velho e conhecido refrão: Não há pior surdo do que aquele que não ouve nada.—Chapolin em um de seus ditados cômicos
Chapolin é amplamente reconhecido por seus icônicos bordões e por sua habilidade em quebrar a quarta parede, frequentemente encarando a câmera durante as cenas, alterando a própria gravação do programa ou até invadindo os estúdios de gravação. Ele é conhecido por expressar a frase "Não contavam com minha astúcia!" em momentos de vitória ou ao realizar uma ação bem-sucedida, como ao derrotar um inimigo. Outro bordão comum é "Sigam-me os bons!", utilizado quando ele se direciona para algum lugar. Quando comete um erro evidente, Chapolin brinca dizendo "Suspeitei desde o princípio", como se soubesse de antemão. Ele também costuma declarar "Se aproveitam de minha nobreza" quando acredita ter sido enganado ou alguém usa seu senso de heroísmo como uma forma de faze-lo ajudar. Em momentos de tentativa de tranquilizar a situação, ele usa a frase "Palma, palma, não priemos cânico" (ao tentar dizer "calma, calma, não criemos pânico"). Quando finge estar no controle após machucar a si mesmo sem querer, é frequente ouvir "Todos os meus movimentos são friamente calculados". Quando tenta citar um ditado popular, (Que inevitavelmente vai errar de forma cômica) ele diz "Já dizia/diz o velho e conhecido ditado..." (Como na saga Piratas, onde Chapolin diz “Todos se perderam, menos a esperança.. que se perdeu depois”, errando o ditado popular “a esperança é a última que morre”.) Por fim, quando desiste de tentar ser lógico ao errar um ditado, ele encerra com um simples "É por aí" ou “Mais ou menos isso”.
Quando as anteninhas de vinil de Chapolin detectam presenças, ele pronuncia seu famoso bordão: "Silêncio, silêncio! Minhas Anteninhas de Vinil estão detectando a presença do inimigo!" Além disso, quando alguém faz uma observação inteligente que pode contribuir para o objetivo principal, Chapolin declara: "Era exatamente o que eu ia dizer!", fingindo que já havia pensado naquela ideia. Em situações de combate, ele afirma: "Vou fulminá-lo a golpes com a minha marreta!", referindo-se ao uso de seu martelo biônico. Curiosamente, alguns personagens, incluindo secundários e até vilões como Tripa Seca, zombam da estatura de Chapolin, referindo-se a ele como sendo de baixa estatura apesar de sua altura semelhante aos outros.
Ele frequentemente causa danos às pessoas de forma involuntária, seja ao golpeá-las acidentalmente com o martelo biônico, confundindo-as com um antagonista, ou simplesmente para "não perder o jeito". Ele também se machuca frequentemente de maneira não intencional (Um padrão é isso sempre ocorrendo no momento em que ele é chamado e aparece), como ao cair sobre um pedaço de madeira que atinge seu rosto, geralmente tentando justificar o ocorrido ao afirmar: "Todos os meus movimentos são friamente calculados", fingindo ter sido parte de um plano maior. Ele demonstra teimosia, determinação e um certo grau de orgulho. Um exemplo está em "O Pistoleiro da Marreta Biônica", quando foi expulso de um estabelecimento, proferiu a frase: "Mas isso não vai ficar assim não! Sigam-me os bons", e rapidamente retornou com a intenção de se vingar do homem que o havia expulsado, apesar de ser reiteradamente lançado de volta para fora e de uma mulher estar tentando solicitar a ajuda de Chapolin. Mesmo após desistir de sua tentativa de retaliação, ele disse ao homem: "Da próxima vez vai ser pior, hein?", apesar de ser ele próprio a pessoa que estava sendo agredida.
Chapolin HD - O pistoleiro da Marreta Biônica Infelizmente perdemos o avião, graças a Deus! (1973)
De humor irreverente, espirituoso e as vezes sarcástico (Como exemplificado na cena de "Operação Tripa Seca", quando zombou de um policial, dizendo: "Nossa, e você fez isso sozinho?", após o policial realizar uma conta matemática básica), Chapolin revelou um aspecto mais lúdico de sua personalidade ao utilizar sua super velocidade para aparecer em diferentes locais, atacando o Pistoleiro Veloz de todos os lados com sua marreta biônica. Quando estava amarrado por cordas, Chapolin afirmou que não poderia comemorar o aniversário em fevereiro. Interpretando sua afirmação como um presságio de que ele perderia a vida, a mulher ao seu lado perguntou o motivo. Ele, de forma simples, respondeu: "Porque nasci em setembro". Quando ele e outro homem se prepararam para enfrentar Tripa Seca, o companheiro declarou: "Pode vir, Tripa Seca, que aqui temos dois homens!" Chapolin prontamente retrucou: "E onde está o outro?", insinuando que o outro não era "homem" (Essa piada também se repete em "O bandido MataFacil"). Além disso, ele recorre a truques cômicos, como apontar para trás do Pirata Alma Negra e dizer: "Olha, por que você não brinda com aquela senhorita?" com a intenção de distrair o pirata.
Seu temor cômico diante de ameaças superiores é evidente. Uma piada recorrente relacionada a esse aspecto é a exclamação: "Te dou 80 anos pra sair daqui", uma hipérbole que evidencia seu receio em realmente confrontar o inimigo e exigir sua retirada imediata. Em algumas situações, ele ainda pode acrescentar frases como "Nem mais um segundo", simulando firmeza após o longo prazo concedido, ou "Tá bom, pode ficar mais um pouquinho", caso a intimidação permaneça constante, reforçando o tom irônico e o desconforto do personagem diante do confronto. Em outros episódios, Chapolin também demonstra hesitação diante do perigo ou de adversários, evitando tomar iniciativa, recorrendo a justificativas ou afirmando 'Sim, eu vou' sem, de fato, agir.
Embora frequentemente apresente uma postura covarde em diversas situações, mostrando-se intimidado e receoso diante de seus vilões, Chapolin acaba superando tais temores no desfecho dos episódios. Em uma ocasião, ele evitou confrontar o bandido Mata-Fácil. Quando o caubói sugeriu que ambos enfrentassem o criminoso juntos, Chapolin afirmou que apenas "Uma pessoa já seria suficiente" para derrotá-lo. O homem, acreditando que Chapolin estava se encorajando para o combate solo, concordou com a proposta. Contudo, Chapolin, de forma inesperada, desejou "boa sorte" ao homem e o deixou sozinho. Em outro momento, ao se deparar com o pistoleiro veloz, Chapolin desafiou o vilão ao afirmar que sua marreta era mais rápida do que qualquer tiro. No entanto, ao se confrontar com a ameaça do revólver apontado para ele, afastou sua marreta e, hesitante, murmurou: "Sim, mas.. tsc,". Apesar dessas reações iniciais, Chapolin, ao utilizar suas anteninhas de vinil para aumentar sua velocidade, enfrentou Pistoleiro Veloz com coragem, derrotando-o, e posteriormente superou Mata-Fácil, provando que, no fim, ele é capaz de realizar o necessário para vencer.
Por trás de sua fachada de simplicidade, Chapolin revela-se uma pessoa incrivelmente intelectual e astuta. Quando a situação exige, ele pode adotar uma postura séria, sendo capaz de formular planos rápidos e engenhosos, utilizando seus poderes e vantagens de maneira estratégica, além de explorar as fraquezas de um oponente ou resolver problemas de forma não convencional. Por exemplo, ao ser alvejado, Chapolin utilizou a Corneta Paralisadora para deter o projétil em pleno ar, evitando ser atingido. Em seguida, ele reverteu a paralisia de uma pessoa próxima, fazendo com que, inadvertidamente, esta neutralizasse o antagonista. Em outra instância, Chapolin havia adicionado uma substância em sua própria bebida durante uma conversa com o pirata Alma Negra. Após distraí-lo, ele fingiu trocar os copos dos dois. Alma Negra, interpretando que estava sendo enganado, utilizou o mesmo truque e trocou novamente as bebidas, apenas para adormecer com o copo alterado.
Ele também afirma ter sido membro de uma Legião de Super-Heróis Similares, o que implica que ele possui muito mais experiência do que as pessoas geralmente lhe atribuem. Além disso, ele é multilíngue, conseguindo compreender, traduzir e falar qualquer idioma do universo, graças à capacidade de suas antenas de captá-los. Ele compreende a língua de Vênus e outras línguas planetárias extraterrestres do sistema solar. Culto, Chapolin possui um vasto conhecimento sobre inúmeras histórias e obras culturais. Em sua carreira mais avançada, ele liderou sua própria expedição espacial, relatando que suas invenções de naves espaciais chegaram a Marte, Saturno, entre outros planetas, e explicando os complexos componentes dessas naves. Embora essas naves necessitassem de algum suporte técnico, Chapolin assegurou que elas operassem de maneira eficiente em diversos planetas, incluindo Júpiter, sendo este apenas um exemplo. Ele também sugeriu ter criado um robô responsável por ajustes nessas naves e foi capaz de repará-lo sozinho.
O heroísmo não consiste em não sentir medo, e sim em superá-lo. Batman e Superman não têm medo, eles são poderosos, não podem ter medo. Chapolin morre de medo, é burro, tonto, etc. E consciente de suas deficiências, ele enfrenta o problema. Isso é um herói. E perde! Outra característica dos heróis, eles perdem muitas vezes. Depois suas ideias triunfam.—Roberto Gómez Bolaños explicando a concepção do personagem Chapolin Colorado e o que o torna um herói.
Chapolin é um personagem que valoriza as boas ações, independentemente de quão simples ou pequenas elas possam parecer. Ele acredita que a verdadeira importância de uma pessoa não está em feitos grandiosos ou na busca por reconhecimento, mas sim no impacto positivo que ela causa, mesmo em gestos aparentemente modestos. Sua filosofia de que a integridade e o esforço em fazer o bem sem esperar recompensas ou reconhecimento são as ações mais valiosas revelam também seu caráter humilde e sábio. Em “Cada um vale pelo que é (1978)”, Seu Mundinho expressa o desejo de não ser ele mesmo, mas sim de ser como Chapolin Colorado, alguém que “realiza coisas importantes”. Chapolin, então, responde que ele está equivocado, esclarecendo que fazer o bem, independentemente da ação, é o que realmente define a importância de algo. Seu Mundinho menciona que trabalhou como fiscal sanitário, sem cometer nenhuma falcatrua ou receber qualquer pagamento para fechar os olhos a irregularidades. Em resposta, Chapolin afirma: "Pois então, você fez uma coisa muito mais importante que o Chapolin Colorado."
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No episódio "Tripas de Cera", é possível observar que Chapolin demonstra uma sensibilidade genuína e uma conexão emocional profunda com aqueles a quem considera seus amigos. Ele se emociona e derrama lágrimas ao lamentar a "morte" de seu amigo de infância, Tripa Seca, quando acredita que este faleceu. Além disso, ao acreditar que o "cadáver" de seu amigo foi roubado, ele imediatamente se dispõe a buscar o responsável pela situação— afirmando "não ir embora até achar o cadáver de Tripa Seca".
Embora, em situações aleatórias, tenda a se vangloriar de maneira cômica — apenas para tropeçar e cair logo em seguida, demonstrando certa desajeitadez ao colidir acidentalmente com objetos ou pessoas — e por vezes se mostre tímido ou receoso diante do perigo, Chapolin sempre revela coragem suficiente para enfrentá-lo, ainda que, em algumas ocasiões, isso ocorra contra sua própria vontade. É amplamente considerado pelas pessoas como um grande super-herói, cujo maior símbolo e escudo é o seu coração, conforme é mencionado em cada introdução. A nobreza de caráter, aliada à honestidade e às intenções puras de Chapolin, destacam-se sobremaneira, já que ele está sempre disposto a atender ao chamado de quem necessita de ajuda, sem fazer distinções ou exigir qualquer tipo de recompensa, esforçando-se ao máximo para auxiliar em qualquer situação, apesar de suas limitações.
Capacidades[]
Chapolin Colorado é um herói versátil que, apesar de sua aparência atrapalhada, possui uma série de habilidades e equipamentos únicos que o tornam surpreendentemente eficaz. Entretanto, alguns dos poderes de Chapolin, como aqueles relacionados à distorção da realidade, são empregados com propósitos cômicos, assemelhando-se à chamada Toon Force. Tais habilidades não são utilizadas de forma constante; ao contrário, é comum que Chapolin inicialmente se mostre intimidado e receoso diante dos antagonistas, mesmo sendo, em teoria, mais poderoso. Existem, contudo, exceções — como na ocasião em que ele utiliza sua velocidade superior para derrotar o Pistoleiro Veloz. As declarações de Roberto Gómez Bolaños, afirmando que "Chapolin não é poderoso", reforçam a ideia de que, apesar de possuir habilidades extraordinárias, o personagem é representado principalmente como um herói cômico e determinado, cuja maior virtude está na intenção de ajudar, mais do que na demonstração de força ou poder.
Equipamento[]
Marreta biônica[]
Marreta Biônica: A marreta biônica é a principal arma de Chapolin. Ela possui a capacidade de pulverizar ou arremessar seus inimigos, além de retornar à sua mão conforme a vontade de Chapolin ou quando este assobia, funcionando de maneira semelhante a um bumerangue ou ao Mjolnir de Thor. A marreta biônica é poderosa, sendo capaz de arremessar pessoas até longas distâncias e faze-las atravessar madeira com o impacto. Por mais irônico, Chapolin é decente em seu uso. Podendo, por exemplo, usa-la para retaliar objetos e atordoar oponentes com isso, um caso semelhante em sua luta contra Pistoleiro Veloz. Quando a situação exige, ele demonstra usar os recursos disponíveis de forma inteligente.
Pílulas de Polegarina[]
Pílulas de Polegarina: As pílulas de Polegarina são substâncias que, quando ingeridas, possibilitam que o Chapolin encolha até atingir um tamanho de vinte centímetros, o que lhe permite surpreender adversários e acessar locais de difícil alcance. Cada pílula tem duração de 10 minutos, após os quais o Chapolin retorna automaticamente ao seu tamanho normal.
Anteninhas de Vinil[]
Chapolin - Aventuras em Vênus - 1973 - Episódio perdido mundial - Nova gravação
Anteninhas de Vinil: Parte integrante de seu uniforme, as Anteninhas possuem a função de alertar sobre a presença de um inimigo, além de realizarem traduções de línguas, incluindo idiomas do sistema solar. Originalmente, as anteninhas de vinil eram vermelhas e brancas, desde a estreia de Chapolin em 1971 até 1976. A partir de 1976, as anteninhas passaram a ser vermelhas e amarelas, mantendo essa coloração até 1992.
Corneta Paralisadora[]
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Corneta Paralisadora: A corneta paralisadora é um dispositivo que, ao ser tocado uma vez, causa a paralisia de uma pessoa ou objeto. Quando tocada uma segunda vez, reverte o efeito, restaurando a mobilidade do indivíduo ou alvo.
Bigode de Disfarce[]
Bigode: Embora não seja propriamente uma arma, trata-se de um bigode postiço de estilo italiano, que, por vezes, é apresentado com um palito de suporte e, em outras, apenas um bigode. Quando Chapolin o utiliza, ele se torna irreconhecível aos olhos dos personagens com os quais interage, servindo como um disfarce eficaz para que ninguém o reconheça, mesmo se o virem colocando o bigode. Com isso, ele enganou facilmente um detetive e até afirmou que com aquele bigode se torna impossível de nota-lo. Este objeto pode ser observado em episódios como "O Relógio da Espiã" (1975)".
Habilidades[]
Domínio de combate[]
- Habilidade em combate corpo a corpo: Chapolin é um combatente altamente eficaz, capaz de rivalizar com inimigos formidáveis, como Mata-Fácil e Simpato Amasaki. Ele já competiu no Wrestling, aplicando manobras e estratégias habilidosas, e até conseguiu aprisionar o renomado agente secreto do mundo Spy, mantendo-o preso em uma dimensão alternativa enquanto este se encontrava em seu estado invencível.
- Toque do Chifre Destruidor: O "Toque do Chifre Destruidor" é uma técnica em que o Chapolin executa um salto, aparentando "voar" deitado, com suas antenas de vinil projetadas para a frente. Ao atingir o alvo com elas, é gerado um impacto de grande magnitude, capaz de lançar Simpato Amasaki a uma considerável distância, levando-o a desmaiar. Este golpe é utilizado no episódio intitulado "A Casa de Chá do Luar de 8 de Agosto de 1984", durante o enfrentamento entre Chapolin e Amasaki, sendo empregado como última alternativa para assegurar a vitória na batalha.
Poderes[]
Capacidades físicas sobre humanas[]
- Super força: No episódio "Caratê Cara a Cara", Chapolin exibiu notável força física ao lançar o Honorável Medidor de Luz a vários metros de distância com um único chute. Em "O Bandido MataFacil", Chapolin também consegue ferir fisicamente MataFacil e derrotá-lo em combate. Esse mesmo vilão demonstrava uma força impressionante, sendo capaz de quebrar paredes com os punhos e lançar pessoas com tamanha potência que as fazia atravessar estruturas. Ao final do confronto, Chapolin não apenas superou MataFacil, como também o ergueu e o arremessou a vários metros de distância, resultando em um impacto contra a parede que deixou sua silhueta marcada no local.
- Resistência superior: Durante o episódio "Sai de Baixo Que Lá Vem Pedra", Chapolin é capaz de resistir à intensa chuva de aerólitos e, ao término da mesma, ele se encontra apenas ligeiramente desorientado. Além disso, em "La Explosión de Gas", Chapolin sobreviveu à explosão de um cilindro de gás, que destruiu um cômodo e o fez atravessar uma parede de concreto.
- Super velocidade: Ao pressionar as Anteninhas de Vinil, Chapolin se torna extremamente enérgico e adquire uma velocidade sobre-humana, a ponto de se tornar invisível a olho nu e desviar de balas, como demonstrado em sua batalha contra o Pistoleiro Veloz.
Deslocamento Instantâneo[]
- Invocação: Sempre que alguém o chama, utilizando a frase "E agora, quem poderá me defender/salvar?", Chapolin se teleporta imediatamente até a pessoa para salvá-la do perigo, enquanto profere seu bordão "Eu!", independentemente da linha temporal, dimensão, localização, obra, ou até mesmo metafísica (Conforme observado em seus encontros com Dr.Chapatin) que a pessoa se encontra. Isso, entretanto, não ocorre quando ele já se encontra muito próximo da pessoa.
- Teletransporte: Chapolin também empregou uma técnica de teletransporte durante um combate, conforme observado em A Vingança, aparecendo em múltiplos locais para enganar Fura Tripa. Por fim, ele parece ser capaz de ouvir pensamentos, pois quando um cidadão apenas pensou "Quem será que poderá me salvar?", o Polegar Vermelho imediatamente surgiu.
Manipulação da realidade[]
- Toon Force: Como evidenciado em "O Abominável Homem das Neves", Chapolin possui a habilidade de remover uma janela da parede e visualizar através dela.
- Manipulação Temporal: Na esquete O Vampiro (1972), Chapolin demonstra ter a habilidade de manipular o tempo ao adiantar os ponteiros do relógio e fazer a noite virar dia, assim derrotando o Vampiro. Uma técnica análoga é empregada em "A Lei da Marreta Biônica", quando Chapolin reverte o próprio tempo para que o vilão demore mais, proporcionando a Chapolin um período maior de descanso.
- Sobrevivência Espacial: Como evidenciado em vários episódios, Chapolin é capaz de respirar no espaço, cantar e viajar por ele sem enfrentar quaisquer dificuldades, desafiando as leis da física.
Trivia[]
- Chapolin Colorado inspirou outros personagens na cultura pop. Por exemplo, a Marvel Comics criou a heróina Red Locust, cujo nome significa "ganhafoto vermelho", como uma homenagem á criação de Bolãnos. O Homem Abelha da série "Os Simpsons" também foi uma inspiração evidente, bem como o personagem Smile Man de One Punch Man, que compartilha semelhanças com o Polegar vermelho, especialmente o visual.
- Seus bordões são "Não contavam com minha astúcia!", "Sigam-me os bons!", "Suspeitei desde o princípio", "Se aproveitam de minha nobreza", "Palma, palma, não priemos cânico" (Quando tenta dizer "calma, calma, não criemos pânico), "Todos os meus movimentos são friamente calculados", "Já dizia/diz o velho e conhecido ditado..." (Quando está prestes a tentar falar um ditado popular, no qual sempre erra) e "É por aí" (Quando erra um ditado).
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